Kotonete escreveu: (20-12-2020, 09:00 PM)Hoje descobri que eu tinha Final Fantasy Origins (PS1) no meu PS3 (zero lembrança de ter comprado ) e abri só pra ver como é que é. Quando dei por mim já tinha jogado por 3 horas, então acho que dá pra dizer que eu oficialmente comecei Final Fantasy I.
Nunca joguei nenhum jogo mainline da série, então to estreando aqui total aqui. O que me conquistou logo de cara é aquele ar de RPG oldschool que eu aprendi a gostar jogando os primeiros Dragon Quests. Aliás, tá meio difícil de jogar sem comparar um com o outro aqui.
Coisas Boas:
1) Mundão extenso pra você explorar. Aparentemente o jogo não tem mapa, o que eu to achando do caralho, porque o jogo todo se torna mais hostil e por isso explorar tem uma sensação de aventura/desbravar o desconhecido bem bacana. Sei que o argumento tá meio batido, mas é bem raro jogo hoje em dia fazer isso, então aprecio muito isso aqui.
2) Puta sistema de magias dahora. Não sei se isso existe em outros jogos da série, mas aqui é o esquema de você ter um limite de uso pra cada nível de magia. Acho esse sistema muito melhor do que simplesmente dar uma barra de MP: você ainda precisa estrategizar, mas o seu mago dura muito mais tempo sem precisar usar item/voltar pra cidade pra se recuperar.
3) Dungeons opcionais desde cedo: talvez eu explore mal nos jogos que eu jogo, ou talvez eu só jogue RPGs que não tem isso, mas não lembro a última vez que eu joguei um jogo que dá uma dungeonzinha que a recompensa são só uns itens dahora. Nada one of a kind, nada obrigatório pra história: só uma espada que vale mais a pena pegar do que pagar as espadas à venda na cidade mais próxima. Sinto que hoje em dia isso é mais coisa de endgame, mas em FF isso só melhora mais ainda o ponto 1.
Coisas Tristes:
1) Diálogos com NPCs: os diálogos aqui são muito mais usados pra world building do que pra fazer comentários úteis (falando lugares pra explorar, mecânicas do jogo, etc.), que é algo que o DQI faz muito bem. Numa mesma cidade eu peguei 3 NPCs seguidos falando sobre o príncipe estar amaldiçoado e mais nada. Nenhuma direção de onde o responsável está, ou apontar pra quem tem mais informação sobre o assunto: só versões diferentes de uma mensagem tipo "O Principe foi amaldiçoado". Então dá uma preguiça ir falar com os NPCs desse jogo, o que é bem ruim considerando que são eles quem tem as direções pro que eu posso explorar no jogo.
2) Sei que é algo mais do começo do jogo, mas como as lutas são longas véi, nuoss. A primeira luta que eu peguei no jogo já tinha 6 bichos, não muito depois peguei uma luta com 9 de uma vez. Parece até musou. Tô mitigando com o Black Mage que aprendeu umas magias que atacam em área, mas ele é o único que consegue fazer isso. Então toda luta é longa, o que torna explorar mais trabalhoso. Não ajuda que mesmo com melhorias em relação ao de NES, o Origins não faz um tratamento de colocar um número mínimo de passos entre lutas. Já penei em luta com 5 bichos pra dar um único passo e surgir uma luta com 8.
Mesmo assim, felizáço que recesso de fim de ano tá chegando, porque eu quero jogar mais desse jogo ASAP.
Você fez o mesmo comentário no Zodiakalik. A diferença é que além do meu jogo desenvolver bem o mundo, ele também desenvolvia muito bem os personagens (como você disse no post da análise da época). No caso a diferença é que os meus personagens não eram mudos e genéricos, ai obviamente, dava pra fazer. Além do Zodiakalik ser bem direto ao ponto e linear, então não tinha muita necessidade de fazer isso. Tanto que no Prelude for a Dream (não sei se você chegou a jogar) eu já coloquei dicas com os NPCs. O jogo era um Open World, afinal, tinha consciência disso.
Também posso falar que provavelmente eles não fizeram isso que você falou devido ao fator época. Final Fantasy I na época foi lançado com guias bem detalhados em todos os lugares do mundo. O jogo vinha até com o mapa que você falou, bem detalhado, nas páginas. Sem contar que era comum fazer isso em outros games, não só com esse. Hoje não envelheceu bem pra quem destaca esses pontos como defeito mesmo. Dragon Quest I se não me engano também teve os guias, mas bem, não da pra esperar que todos os JRPGs ou jogos de NES ou até de outros sistemas da época seguissem isso. Era um tempo bem antigo, rudimentar e experimental, afinal.