Terminado.
Má que delícia de jogo, tá loco. O gameplay continua ótimo como sempre, mas a estrutura de capítulos foi uma adição maravilhosa. Tava mega preocupado de jogar um jogo que tem o dobro da duração dos outros que eu joguei (65h), mas os capítulos deram um ritmo muito legal. Por mim o jogo podia até ser mais longo.
Ainda que nem toda história de cidade seja ótima, eu tava sempre intrigado e interessado com todas. Sempre curti esse negócio das cidades dos jogos da série terem um sub-plot acontecendo, então é difícil não amar como fizeram aqui.
Mas melhor que isso, o arco final fecha tudo com chave de ouro, principalmente por ter inovado. Eu amo todos os DQs, mas você pode trocar a dungeon final entre todos eles: é muito grande a chance de eu não saber apontar de qual jogo é qual. O que fizeram aqui foi muito bom. Eu tava começando a cansar do jogo, e quando chega esse arco o meu ânimo pro jogo voltou tão forte que pra mim o jogo acabou com gosto de quero mais.
Mas sério, ter cidades com historinhas fechadas as tornou muito mais memoráveis, o que por conseguencia deixa o mundo muito mais rico e interessante pra reta final. Curti demaaaaaais.
Ah, e não sei se foi um mérito de balanceamento do jogo ou se eu lidei muito bem com vocations, mas primeira vez na vida que eu venço o boss final numa tacada só. As vezes eu preciso grindar tanto que até estraga minhas memórias do jogo. Nunca vou esquecer do sábado inteiro que eu precisei gastar pra grindar pro boss final de DQVI.
Ah, e como é bom não ter mais luta aleatória! Tem um segmento do jogo que elas voltam, e nesse momento que isso ficou marcado como algo que pra mim virou essencial. Tenho muito mais vontade de explorar agora. Até hoje tenho flashbacks de guerra por conta da penúltima dungeon do DQII, com bicho surgindo a cada 2 passos.
3 pontos de melhora que eu enxergo:
- Capítulos com história própria fechadinha são legais, mas chegou um momento que cansou. Quanto mais migalhas da trama principal ia surgindo, menos vontade eu tinha de fazer as histórias de cada região, que começavam mais e mais a ganhar um ar de filler. Eu nem mexeria na estrutura do jogo no geral. Só cortaria umas cidades mesmo.
- Eu queria que o jogo tivesse me dado menos dicas do plot-twist. Se eles não tivessem colocados esses toques sutís aqui e ali, o ato final teria sido muuuito mais insano.
- É bem doido como, apesar dele ser o mais linear da série, foi de longe o que eu mais usei guia. Tento evitar no geral, mas esse foi tanto que eu mal fechava as abas do guia no celular. Mais vezes que o saudável tem essas situações de precisar falar com todo mundo na cidade antes de avançar, ou ele te pede pra revisitar um lugar antigásso que você nem lembra mais em que lugar do mundo fica. O que me lembra que Dragon Quest no geral seria infinitamente melhor com um mapa mais detalhado (ou um sistema de marcar coisas no mapa estilo Zeldas recentes).
Como terminei agora ele ainda tá muito fresco na cabeça, mas ele com certeza tá no top 3. O IV e III ainda são muito queridos, então vou pensar aqui em qual vai ser meu novo rank.
No meio tempo, já comecei Baten Kaitos aqui. Só 2h de jogo, mas acho que é o suficiente pra não recair de volta pra DQ por um tempinho. Por mais maravilhoso que o jogo tenha sido, por ser muito longo, foi inevitavel a vontade de querer jogar outras coisas.